Apesar da desaceleração da criação de novos postos de trabalho em julho, a taxa de desocupação recuou de 3,6% para 3,5%. Foram criados 187 mil novas vagas no mês passado, similar ao resultado revisado de junho (185 mil) e abaixo da previsão do mercado (200 mil).

O movimento foi puxado pelo setor de bens e construção. Os serviços, por outro lado, aceleraram na margem, com contribuições vindas especialmente do setores de saúde, educação, comércio, transporte e utilidades. Os salários médios subiram 0,4% na margem, acumulando crescimento de 4,4% na comparação com julho de 2022. Esse comportamento dos salários, em adição à redução da taxa de desemprego, se contrapõe à desaceleração da criação de vagas, sugerindo um mercado de trabalho ainda apertado. O resultado misto, porém, não traz nenhuma sinalização concreta sobre os próximos passos da política monetária, que está condicionada ao comportamento dos dados correntes.

Fonte: Bradesco